Estado sofre com a concorrência de agências do Rio de Janeiro e São Paulo.
Agentes do mercado publicitário de Belo Horizonte se reuniram ontem, na Capital, em evento promovido pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade - Minas Gerais (Abap-MG) e o Sindicato das Agências de Propaganda de Minas Gerais (Sinapro-MG). O encontro antecede o V Congresso da Indústria da Comunicação, que acontece entre os dias 28 e 30 de maio em São Paulo.
O "Minas Debate o V Congresso: regionalização" reuniu, em uma mesa-redonda, o presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas Gerais, Tadeu Barreto; o diretor-presidente do jornal DIÁRIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa; a diretora comercial da Globo Minas, Sílvia Mattos; o presidente do Sinapro-MG, Adolpho Rezende; o presidente da Abap-MG e diretor da 18 Comunicação, Alexandre Moreira, e o diretor da Abap-MG e da Solution, Fernando Campos.
A mesa discutiu formas de fortalecimento do mercado publicitário mineiro e a capacidade de atrair clientes. A competição com empresas do setor cariocas e paulistas e a pouca visibilidade do mercado mineiro, mesmo apresentando números como a terceira maior economia do país, também foram levantados.
Para o presidente do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas Gerais, Tadeu Barreto, o jeito mineiro desconfiado e de trabalhar em silêncio precisa mudar. "Precisamos mostrar Minas do jeito que ela é para o mundo. Aí a indústria da comunicação tem papel fundamental. O governo trabalha para dar condições de desenvolvimento e diversificação da economia e, com isso, também fortalecer a indústria da comunicação em Minas", afirma Barreto.
Lançamento - Dentro da ideia de mostrar Minas Gerais para os mercados interno e externo, o presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa, ressaltou o papel indutor das empresas de comunicação para a atração de investimentos a partir da divulgação efetiva de informações e das características do Estado. O jornalista ainda aproveitou para anunciar aos participantes o novo produto do DIÁRIO DO COMÉRCIO, a revista DC Análise. "Em cada edição será feita uma análise criteriosa dos principais temas da economia mineira. Queremos mostrar, sobretudo para fora do Estado, o que acontece aqui. O intuito é falar para Minas e por Minas", antecipa Costa. A primeira edição da DC Análise circula dia 13 de junho com o tema energia.
O presidente do Sinapro-MG, Adolpho Rezende, chamou a atenção para uma particularidade mineira. "Vivemos em um Estado grande e fragmentado, que faz com que tenhamos uma espécie de regionalização dentro do nosso próprio território. preciso trabalhar a criação de novos anunciantes", avalia.
Além do debate, o encontro contou com a apresentação da Veja BH. O gerente de Marketing da revista, Fábio Luís dos Santos, explicou a opção da Editora Abril em lançar a edição regional em Belo Horizonte e não em outra capital. "A Veja já adota uma política de regionalização desde 1985, com o lançamento da Veja SP e, desde 1991, com a Veja RJ. Lançar a Veja BH é reconhecer a importância da cidade. Belo Horizonte é a capital que mais cresce e o sucesso aqui será inspiração para que o projeto alcance outras capitais", explica Santos.
O executivo ainda observou que não só o desenvolvimento econômico da cidade e do Estado justificam o lançamento. "Não adiantaria estarmos na melhor cidade do mundo se ela não tivesse conteúdo. A matéria-prima da Veja é informação e Belo Horizonte é uma cidade onde as coisas acontecem. O sucesso do lançamento demonstra que a regionalização é um passo correto, pois todo mundo gosta de saber o que acontece no mundo, mas também na sua ‘aldeia’", completa o gerente.
Para o diretor da Abap-MG, Fernando Campos, o debate foi uma boa oportunidade para que o poder público e a iniciativa privada conversassem, em um bom momento político e econômico, sobre o protagonismo que precisa ser reivindicado pela indústria da comunicação mineira. "Temos que defender a bandeira de Minas não por um sentimento de bairrismo, mas sim porque temos competência. Temos características específicas como gestão pública moderna, capacidade de consumo, posição geográfica, infraestrutura e diversidade econômica, entre outras, que provam nossa capacidade técnica", avalia Campos.
Na análise do presidente da Abap-MG, Alexandre Moreira, o evento foi apenas uma primeira reunião de um longo debate. "A partir desse encontro vamos chegar no congresso em São Paulo com uma opinião das agências mineiras. Isso é importante para demonstrar a força do nosso mercado e as competências das nossas agências. Esse é um assunto que renderá conversas contínuas", afirma Moreira.
O V Congresso da Indústria da Comunicação terá a abertura do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, no painel Liberdade de Expressão e Democracia. Além da regionalização, serão debatidos os temas: o futuro da profissão; as empresas de comunicação brasileiras; o mercado global e a marca Brasil; comunicação, crescimento econômico e desenvolvimento humano; comunicação one-to-one; personalização versus privacidade; as novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia; sustentabilidade e comunicação; criatividade e sucesso; o consumidor com a palavra; propriedade intelectual; legislação e ética e novos caminhos para criar e fortalecer marcas.
As inscrições para o V Congresso estão abertas no www.vcongresso.com.br. A previsão é reunir cerca de 2 mil participantes do mercado publicitário, produção audiovisual, marketing direto, gráfica, veículos de comunicação, anunciantes, brindes, promoção, mídias exterior, entre outros.
Fonte: Diário do Comércio
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