quinta-feira, 26 de julho de 2012

Somente 7% do total de empreendedores recorrem ao crédito

O artigo abaixo é uma verdade.
A grande maioria dos empresários de pequenos negócios abrem suas empresas com recursos próprios.

Estudo inédito sobre o perfil do empresário de pequeno e médio porte do varejo brasileiro mostra que apenas 7% desses empreendedores utilizaram crédito bancário para abrir suas empresas. A maioria (77%) usou recursos próprios As informações fazem parte de pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os dados mostram também que 53% dos empreendedores pretendem investir em seu negócio por meio de ampliação de lojas, compra de máquinas ou contratação de funcionários. Entre os entrevistados, 25% disseram que vão investir com empréstimos bancários e 3% terão como fonte de recursos as financeiras. Em relação à inadimplência, 34% preveem queda e 10% esperam aumento.
O levantamento mostra ainda que 82% desses empresários não utilizam ferramentas tecnológicas em seu negócio; 85% não têm loja virtual e 61% não usam a Internet.
A pesquisa também mostrou que os impostos se configuraram no principal obstáculo para que o empresário de médio e pequeno porte mantenha aberta a sua própria empresa. Os tributos foram apontados por 43% dos entrevistados em questionário de múltipla escolha, superando outros desafios, como concorrência (29%), juros altos (18%) e crédito e capital de giro limitados (10%). Ainda segundo o estudo, 9% dos entrevistados apontaram como dificuldades o imposto sobre produtos, o excesso de burocracia e o custo de mão de obra.
O levantamento foi realizado em junho de 2012 em todas as 27 capitais do País, com 605 varejistas, com margem máxima de erro de 3,6%.
Representantes do setor varejista e do Banco do Brasil estão trabalhando em um projeto para criar linhas de crédito para o comércio. A informação é do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro.
Pellizzaro afirmou que o objetivo é adaptar produtos que servem ao setor industrial às necessidades do varejo brasileiro. "Há linha para a indústria e o agronegócio, mas não há muitos produtos específicos para varejistas. O varejo precisa de linhas diferenciadas para capital de giro ao longo do ano, com datas específicas." Ele espera que as novidades sejam divulgadas até o dia 10 de agosto.
Devem ser anunciadas linhas para antecipação de recebíveis, investimento e capital de giro por perfil. "O supermercado precisa de linha diferente da de quem vende sapato", exemplificou Pellizzaro. "É um trabalho de customização de linhas de crédito de produtos que eram formatados para o empresário industrial. O BB já tem pessoas dedicadas a esse processo."
 
 
Fonte: DCI – SP

Artesãos expõem para o mercado de moda


Produtos fazem parte do Projeto Mix by Brasil, parceria entre o Sebrae e a Assintecal, que participa do Inspiramais, em São Paulo

Estudos de campo balizam design de produtos artesanais expostos no Inspiramais

Peças de design produzidas por seis comunidades de artesanato do país estão entre as principais atrações da 6ª edição do Salão de Design e Inovação de Componentes (Inspiramais). O evento, que começou nesta terça-feira (24), em São Paulo, é referência para o desenvolvimento de coleções de moda em todo o país.

O Sebrae participa do Inspiramais com o projeto Mix by Brasil, numa parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). A iniciativa realiza estudos de campo em cincos cidades brasileiras para o desenvolvimento de produtos sustentáveis.

De acordo com a consultora de moda Chiara Gadaleta, responsável pelo projeto, a iniciativa busca valorizar a cultura brasileira e estimular as empresas nacionais a agregarem conceitos de design e sustentabilidade em seus produtos. “Nós desenvolvemos os componentes, como fivelas, laços, tecidos, com as comunidades artesãs e criamos protótipos de produtos – bolsas, sapatos, cintos – que ajudam os profissionais do calçado a entenderem o conceito e a aplicabilidade das criações”, disse.

Entre os materiais utilizados estão resíduos têxteis, jornal, plástico, palha de milho, tingimentos naturais, crochê e fiação. “Ao incentivar o designer a buscar esses elementos, vamos promover a geração de renda nas comunidades que, na sua maioria, são de mulheres”. Atualmente, o projeto beneficia os grupos produtivos Aldeia do Futuro, de Americanópolis (SP); o mineiro Art DMio, do município de Brás Pires; o Instituto Bantu, sediado em Recife; a ONG Florescer, do bairro de Paraisópolis, na capital paulista, Palhas Fashion, de Birigui (SP), e Polo Veredas, que fica em Arinos (MG).

Além do Mix by Brasil, o evento traz o projeto Referências Brasileiras, que buscou na cultura indígena Pataxó referências para a produção de protótipos. Os próprios indígenas ajudaram na confecção dos materiais e componentes, utilizando como matéria prima madeiras, sementes, palhas, cipós, argila, penas, bambu, ossos, etc. “Este projeto trata das nossas origens e mostra como a diversidade da cultura brasileira pode ser decodificada para o produto através da criação de um novo design de componentes e calçados”, diz o estilista Jefferson de Assis.

Inspiramais

O Inspiramais terá mais de 500 lançamentos de matérias-primas para o inverno de 2013. O evento é realizado pela Assintecal e tem o apoio do Sebrae, Apex-Brasil e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Para o estilista Walter Rodrigues, do Núcleo de Moda de Design da Assintecal, a inspiração para o próximo inverno será o aconchego. “O clima nos remete ao conforto do lar, à busca por proteção e carinho”. Segundo ele, o planejamento cria condições de se produzir mais e errar menos. “O pensamento para o longo prazo faz com que a cadeia produtiva de moda se organize”, assevera.

O Brasil tem 2,5 mil empresas de componentes para couros, calçados e artefatos. Do total, 42% têm plantas industriais no Rio Grande do Sul e 40% em São Paulo. De janeiro a junho de 2012, as vendas internacionais do setor somaram US$ 519 milhões, 8% a menos na comparação com o mesmo período de 2011.

Fonte: Sebrae